SÉRIE TARJA PRETA

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Na série “Tarja Preta”, Giovanna Lanna usa uma câmera de grande formato e negativo 4x5inch. Em suas imagens, ela contrapõe, um assunto ainda marginal no debate contemporâneo brasileiro, o uso medicinal da Cannabis, com uma técnica e uma linguagem mais próxima da fotografia moderna. 

 

“O lado experimental da fotografia me interessa muito. Tudo surge na minha cabeça como uma composição a partir de um quadro em branco onde os elementos vão se dispondo, se contrapondo, se equilibrando e se destoando, o que acaba sendo o oposto do processo da fotografia documental. 

 

Não há o momento decisivo, tudo é extremamente arquitetado antes de apertar o botão de disparo. Eu amo a maneira como a fotografia analógica funciona, além da sua visualidade, existe uma necessidade de controle e de precisão dentro desse processo artesanal que é extremamente poético. 

 

Em um mundo hoje, onde bilhões de imagens são compartilhadas diariamente, me orgulho de passar horas e as vezes dias preparando para tirar uma única foto".